sexta-feira, 16 de março de 2012
ANTONIO ZANCHI - 1974
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 19 de fevereiro de 1974
Em 1935, quando o curitibano Antônio Zanchi tinha apenas 16 anos de idade, as motocicletas não estavam na moda como hoje, [para] falar a verdade até mesmo os automóveis eram privilégio de poucos. Nessa época, Antônio Zanchi já andava velozmente pelas ruas de Curitiba "cavalgando" sua Jawa de 125 cilindradas. Enquanto outros jovens sonhavam com automóveis, seus sonhos iam para as motocas. Sua vida profissional está também estritamente ligada com as motocicletas aqui em Curitiba representa a maior fabricante desses veículos motorizados de duas rodas, que hoje em dia fazem o encanto dos jovens. Entre os anos de 1946 e 1950, Antônio Zanchi dedicou-se às corridas tendo sido campeão paranaense de motociclismo. Desde há cinco anos é chefe da Patota Honda que reúne cerca de 40 motociclistas que se reúnem para fazerem excursões semanais. A Patota Honda, composta de médicos, engenheiros, advogados, etc., orgulha-se de não ter tido nenhum acidente até hoje. Suas normas são rígidas: ninguém bebe em excursões, somente refrigerantes e um novo associado só entra após ter realizado pelo menos 3 viagens junto com a patota. Antônio Zanchi é instrutor do Batalhão do Controle de Tráfego da Polícia Militar do Paraná. Entroncado, alegre, representando bem menos do que os 45 anos que tem, Antônio Zanchi é o principal incentivador do 1º Concurso de Motocas Fantasiadas para o Carnaval de 74 em Curitiba, que vai dar além de outros prêmios uma motocicleta ao 1º colocado. O entusiasmo de Zanchi explica-se: Curitiba é pioneira no Brasil, no uso de motocicletas para controle do trânsito e é também a primeira cidade brasileira a ter estacionamento exclusivo para motocicletas (o da Luiz Xavier) e agora é a primeira cidade a fazer um concurso carnavalesco com motocicletas, atraindo para o carnaval um público jovem. Enquanto aguarda ansioso o dia do Concurso de Motocas Fantasiadas, ao ser perguntado se já caiu alguma vez de seu "cavalo", Zanchi responde enfático: "Motoqueiro que nunca caiu não é motoqueiro...".
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Veiculo: Estado do Paraná
Caderno ou Suplemento: Nenhum
Coluna ou Seção: Nenhum
Página: 18
Data: 19/02/1974
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